Como se movimentarão os pré-candidatos até as convenções partidárias em Foz
Em sua coluna Rogério Bonato falou com os doze nomes em evidência no cenário eleitoral.
Viagem aos 110 anos!
Prezado colunista, o senhor viajou bonito. Quase remou na maionese! Fez um balanço dos problemas da cidade e jogou a bola para os candidatos, ou pré-candidatos. O problema é que na cabeça da população não é bem assim. Deveria pelo menos abordar um pouco as razões de muitas coisas não darem certo. Aí sim a leitura ficaria completa. Vai dizer que a razão da Saúde desandar é um problema do mundo? Oras, por favor; é um problema do mundico incompetente iguaçuense, isso sim.
Ramiro S. D. Duarte
Olhar macro
Este colunista não escreve “ao gosto da freguesia”. Menos ainda tenta agradar a uns e outros, no módulo “morde e assopra”. Com tanta gente trabalhando o otimismo no aniversário de Foz, não seria possível simplesmente pregar a discórdia política em uma eleição que ainda nem começou. O leitor bem lembrou, os nomes em evidência ainda são pré-candidatos. Este colunista tratou de observar os problemas e quer saber qual será a solução. Tudo foi calçado em pesquisa e, área de Saúde, para variar, está no topo da lista.
É preciso competência
Em outras palavras, o ser humano (mortal) que assumir a prefeitura de Foz no dia 1º de janeiro de 2025 não precisará de superpoderes e sim, a cabeça no lugar, conhecimento, organização, credibilidade, formação de boa equipe e, antes de tudo, o voto. De nada adianta elucubrarem ideias maravilhosas e não possuírem alicerce eleitoral, que os leve à prática. No caso da Saúde, a pesquisa Radar Inteligência aponta que de um total de 100% de problemas enfrentados pela cidade, 58,7 corresponde ao setor da Saúde pública. Em 2024, a fatia orçamentária é de R$ 474.866.619,49, maior que qualquer outra área, R$ 100 milhões a mais que a Educação, por exemplo, e, o emprego de todo esse dinheiro não dá conta de agradar a população ao que parece. Diante de uma situação assim é que este colunista fez a pergunta: “o que será deu errado?”
A resposta
Quem deve responder a isso, o que deu errado na área da Saúde pública, é o governo e, quem está à frente dele, no caso O prefeito Chico Brasileiro, que não participará do debate eleitoral. Em outras palavras, vai rolar na farinha e deitar no óleo fervente, sem chances de se defender. É a mais pura realidade. E aqui entre nós, dificilmente alguém o defenderá, nem os aliados e até o seu partido, o PSD, que por força de imposição trocou o time. Por isso, os demais candidatos precisam lembrar, que daqui a quatro anos enfrentarão o mesmo paredão. O exercício na administração pública está a cada dia mais complicado. É um problemão cuspir para cima. O bom seria elevarem o discurso de como governarão, apontando as soluções para os problemas.
Já passou
O clima de euforia e comemoração pelo aniversário de Foz, já foi. Vamos tratar da realidade e fazer uma rápida abordagem de como os pré-candidatos se organizarão até final de julho e agosto, na beirada das convenções. Daqui em diante o jogo será um pouco mais estreito. Obviamente todos estão atentos aos problemas da cidade, mas ao mesmo tempo, terão que lidar com as articulações, somatória de apoio, intrigas partidárias, inimigos ocultos e uma porção de puxadores de tapete. Haja fôlego. Vamos analisar um a um, e, por ordem alfabética. Este colunista enviou uma pergunta aos nossos nobres gladiadores: “como se organizará até as convenções?” Com ou sem as respostas faremos a abordagem, em acordo com os passos de cada um. A maioria respondeu. Paulo e Vitolrassi não e Sâmis da Silva parcialmente.
Airton José
O pré-candidato respondeu prontamente e segundo ele: “o PSB mantém a proposta de formação de uma frente reunindo partidos do campo democrático. Com a consolidação da coligação o propósito é promover encontros com lideranças e técnicos para a elaboração um plano de governo integrado com diretrizes amplamente debatidas para que a adesão seja de comprometimento com a gestão e não apenas de participação no processo eleitoral. A intenção é que prevaleça a união em torno de um compromisso de gestão consistente que projete Foz do Iguaçu focando na próxima geração e não apenas na próxima eleição”. Devemos ressaltar que é a primeira experiência eleitoral do Aírton e ele se mostra muito organizado, cercado de cuidados, como manda o figurino. O curso de Direito lhe será muito útil na empreitada.
Cássio Lobato
Respondendo a este colunista, Cássio disse que a convenção do Avante está marcada para o dia 31 de julho, mas deve ficar no módulo de espera até o dia 05 de agosto; “é nesse intervalo que haverá todo um rol de negociações, dentre outras situações, mas o ideal seria conversar com o professor Taborda que é o presidente do Avante”, disse. O que se sabe é que o Avante realizou uma reunião no final de semana e assuntos como o lançamento de candidaturas foi bastante discutido entre os filiados.
Dilto Vitorassi
Não respondeu a mensagem. Dilto sempre demora muito para dar atenção ao que lhe é enviado. Pode ser esteja muito entretido com as discussões no PT, no Sindicato do Rodoviários, ou se pegando nos grupos de redes sociais. Ele adora isso. Mas na ótica deste colunista, Vitorassi fará o jogo que sempre fez, cumprindo ao extremo a Lei Chacrinha, “de confundir e nunca explicar”. É o estilo dele. Segundo informações de fonte seguras, o PT deve se aliar a outro projeto político. Uns dizem que pode ser inclusive com o PSDB de Sâmis da Silva, outros garantem que será com Paulo Mac Donald e, há também, segundo um terceiro grupo, os que esperam obedecer a Federação, ou seja, uma decisão entre Curitiba e Brasília. As fontes insinuar que a adesão será com Sâmis.
General Silva e Luna
O pré-candidato fez uma andança no feriado, de Sol a Sol disse e frequentou várias festividades em diversas localidades. Nem precisaria se justificar, porque estava tudo espalhado nas redes sociais. Se tem uma coisa que os colaboradores do General sabem fazer é articular a internet. Mas ele respondeu: “já ajustamos as listas de pré-candidatos a vereadores e vereadoras, trabalhamos as estruturas do PL, e estamos alinhando as percepções em reuniões com os pré-candidatos, alguns já exerceram o mandato e possuem experiências e isso nos ajuda muito; também estamos conversando com a estrutura do partido no nível nacional e estadual; também temos tarefas burocráticas e elas são grandes, como abertura de contas, locais de trabalho, onde serão distribuídos materiais, daí teremos a definição de um pré-candidato ou candidata a vice, ou de qual partido será. Paralelo a isso tenho feito um trabalho que todo mundo sabe, com o apoio do governador, e apoiadores e me preparo para uma nova fase, no avançar da situação; já montei um plano de governo, e, estamos lapidando, pois, as realidades vão mudando, basta ir aos bairros e conversar com as pessoas. Sempre cuido muito para deixar clara essa minha condição de pré-candidato, não estou fazendo campanha, apenas mantendo o contato com as localidades e entendendo o que se passa, os potenciais e as dificuldades. Confesso que não acompanho o que acontece com os outros candidatos, sei que há muitas notícias falsas e estou já contando com um grupo jurídico, com seis advogados para atuar em fase de campanha e assim vamos caminhando até o lançamento oficial da candidatura, após as convenções”.
General Silva e Luna
“Em reunião agora cedo (10/06) detectamos que há uma faixa razoável de eleitores ainda alheios ao processo e o nosso foco é trabalhar essa faixa; ainda temos um pouco mais de 30 dias para trabalhar o nosso nome e é esta a estratégia de agora, localizar as pessoas demonstrar as propostas. Estamos de olho nas pesquisas e vamos monitorando as intenções de voto para atrair mais pessoas e partidos para o nosso projeto. Mapeamos o público e a tarefa e trabalhar as estratégias até o período de convenções”, revelou o pré-candidato.
Ney Patrício
Como sabemos, o vereador e pré-candidato mudou de partido, deixou o PSD para ingressar no Podemos. Respondendo a nossa pergunta ele disse que “vamos manter o diálogo com a sociedade civil organizada, partidos e lideranças sobre a gestão de nossa cidade. Foz do Iguaçu precisa de um plano de ação imediato para funcionamento pleno dos serviços essenciais e um salto na economia, com geração de emprego e renda a médio prazo. Ainda até as convenções vamos trabalhar em encontros internos do Podemos sobre a composição dentro da aliança já definida na majoritária e intensificar a preparação de nossa chapa para a disputa na câmara municipal”. Ney é candidatíssimo a vice-prefeito, e como o Podemos efetivou aliança com o PP, ele entra na lista de opções para Paulo Mac Donald. Em última hipótese, parte para a reeleição ao Legislativo.
Nilton Bobato
Em recente postagem nas redes sociais ele informou o desligamento da Secretaria da Transparência e Governança, “colocando um hiato”, na participação na gestão municipal. Segundo Nilton, “foram sete anos e 35 dias de intenso trabalho, dedicação, mas também de muito aprendizado, buscando sempre o melhor pra cidade”. Respondendo a coluna ele escreveu: “aguardo a decisão da direção nacional da Federação Brasil Esperança, que espero ocorrer antes do prazo final das convenções, ainda em tempo de organizar uma pré-campanha mais efetiva. Até lá, continuamos debatendo com amigos/apoiadores e militantes do PV, uma proposta para compor o plano de governo, que depois, caso a Federação confirme o meu nome como candidato, ainda terá que ser debatido com os demais partidos da Federação e outros aliados que possam se integrar nesta caminhada”.
Paulo Mac Donald
O ex-prefeito não respondeu. O que se sabe é que em recente ato, com políticos da cidade e de fora, o Progressistas de Paulo Mac Donald sacramentou uma aliança com o Podemos. Estavam lá Ricardo Barros, o presidente estadual do Podemos, Gustavo Castro; o presidente do IPEM-PR, César Mello; a ex-governadora do Paraná, Cida Borghetti; a presidente do Podemos Foz, Bibiana Orsi; e os vereadores Alex Meyer (Progressistas) e Ney Patrício (Podemos). Além do mais, bateram o cartão Michieu Platini, representando o deputado estadual Matheus Vermelho; o vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Delegado Francisco Sampaio; o empresário Deoclecio Duarte, representando o partido AVANTE Foz; Gilberto Xisto, representando o União Brasil (sem autorização da agremiação, diga-se); Ortêncio Castilha, presidente do partido MOBILIZA de Foz e Wellington Bertol, presidente do partido AGIR de Foz. Por aí já dá para ter ideia da articulação. Paulo disse: “O momento é trágico, eu não posso me omitir!”, se referindo aos problemas da área da Saúde. Ele disse: “Foz tem jeito. Esta cidade pode ser um modelo de gestão para o Brasil!”.
Sâmis da Silva
Na correria, Sâmis acabou não respondendo à pergunta deste colunista. Enviou apenas uma saudação e sumiu de área, certamente estaria em deslocamento, ou passeando pelo TJPR, para retirar o passaporte eleitoiral. Mas em recente aparição na Tv, nos horários eleitorais, o pré-candidato manda ver como tucano (PSDB). Ao que se sabe o partido trabalha composição com o MDB e segundo informações, “articula com outras quatro siglas”. Sâmis também organiza a fase de pré-candidatura com certos cuidados, mas mantém sempre ao lado a figura de Dobrandino Gustavo da Silva, ao que tudo indica o seu “garoto propaganda”.
Sergio Caimi
“Em conjunto com a Executiva Estadual do PMB (Por Mais Brasil), presidida pelo Dr. Fabiano dos Santos, estamos cumprindo o cronograma estipulado pelo Partido desde o mês de abril. As executivas Estadual e Municipal, capacitam os pré-candidatos a vereadores e vereadoras, por meio de diversos treinamentos, como ética na política, marketing eleitoral, legislação eleitoral, arrecadação coletiva etc. Com exceção das certidões de cada pré-candidato, a documentação de cada um dos 16 nomes do partido está em ordem, e já estamos treinando para a convenção partidária no final de julho. Nesse momento e até as convenções tanto eu, na condição de pré-candidato a Prefeito, assim como os “pré” a vereadores e vereadoras, continuamos visitando amigos e discutindo os problemas da cidade. Espero que o meu nome seja incluído pelos os institutos nas próximas pesquisas eleitorais”, disse.
Sidnei Prestes
“Até as convenções em agosto, estarei conversando com meu grupo político e outras lideranças da cidade para alinhavar um grande projeto político. Nosso objetivo é resgatar a credibilidade da cidade e promover uma grande renovação no poder legislativo local. Neste momento, conversamos com agremiações da direita e centro direita. Mantemos também uma boa relação com Paulo Mac Donald”, lembrou Prestes, o que nos dá uma pista de que o partido poderá aderir a outras candidaturas.
Zé Elias
Para o pré-candidato do União Brasil, “a conjuntura seria chapa pura sem conchavos e gestão participativa através de Grupo Integrado de Gestão Participativa, onde iremos fortalecer as Associações de Bairro e Entidades Organizadas. Este gabinete se reuniria 1 vez por mês, traçando metas e as fazendo cumprir dentro das inúmeras variáveis. Jamais o Prefeito agiria sozinho, mesmo em visita a Curitiba ou Brasília. Nada de “portas fechadas”. O União Brasil é o terceiro maior partido do Brasil e com isso sozinho, já possui um tempo de TV suficiente para levar as propostas de campanha com muito êxito. Nesta semana reunimos a Provisória de Foz para debater a agenda até a convenção. O UB Foz se tornou um divisor de águas inclusive para a Nacional do partido. Por isso seguimos firmes no propósito de pensar 100% na população de Foz antes de qualquer vaidade. Todo mundo quer o UB Foz ao lado nas eleições; seja pelo tempo de TV ou pelo quadro de pré-candidatos a vereadores (as) altamente técnicos que pretendem mudar o jeito de legislar; sem troca de cargos com o executivo, fazendo o papel de fiscalizar doa a quem doer, e, propor melhorias para a população através de legislação moderna. O UB Foz é o partido que pretende romper com as maldades políticas”, escreveu Zé Elias.
Rogério Romano Bonato escreve regularmente para o Almanaque Futuro.