Certas informações se dizem verdadeiras mas cheiram a coco de gato. E agora?
As enxurradas de notícias falsas nas redes sociais nem impressionam mais, mas quando ocorre em veículo que pauta a informação do país, isso começa a preocupar. Como uma recente reportagem sobre Itaipu deu em "bola nas costas" da credibilidade de um grande jornal. Leia estes e outros fatos na coluna de Rogério Bonato.
Itaipu transforma
A Binacional faz isso, causa transformações literais; primeiro em sua finalidade, que é a geração de energia elétrica. Depois na área social, melhorando a vida das pessoas e, por fim, recompondo o meio-ambiente, promovendo importantes ações sustentáveis. Tanto nas atividades sociais, como ambientais, buscando novas tecnologias, educando e trabalhando a sustentabilidade. É preciso destacar que isso não incide, absolutamente, em centavo algum na conta de luz dos brasileiros. Por várias ocasiões a Itaipu precisou realizar esse exercício de prestação de contas frente informações imprecisas. Então vamos pular esta parte, porque cansa explicar a matemática de converter o lucro, venda de energia para o Paraguai, dentre outras, em benefícios para tanta gente. É lamentável que isso sempre incomode a uns e outros, independentemente de quem estiver à frente da gestão.
Discordância histórica e primária
Em geral, quem não conhece a história de Itaipu ou não se esforça em saber como foi concebida, acaba cometendo equívocos. Todas as gestões estiveram na mira, as de esquerda, direita e centro; ninguém escapou da vara curta, que julga cutucar como a empresa se esforça para distribuir benefícios sociais. Quem usou da maledicência, então, pagou mico, sem em nada contribuir com a informação e o bom jornalismo. Foi o que fez o jornal Folha de São Paulo na última segunda-feira, por meio de um conteúdo errado, deformado, se fosse o caso levar a sério um programa que atende a todos os municípios paranaenses e outros no Mato Grosso do Sul. Muitos profissionais da comunicação nos grandes centros e que conhecem Itaipu sentiram desconforto com a publicação.
Críticos elogiam coisa pública? É raro.
Fiscalizar convênios, é o que uma empresa com nível de excelência tão alto em gestão mais sabe fazer. Um fio de cabelo emperra um contrato, e, dependendo a situação, lá vem auditoria, exigência de documentação, orçamentos e o decorrente bloqueio de repasses, se o caso inspirar atenção. Logo, no meio de um mundaréu de convênios, depois de uma apurada seleção de propostas, o item que mais incomodou o jornal paulistano foi a aquisição de bolas de basquete e futsal. A manchete e a linha, por si, demonstram a tendência: “Convênio social de Itaipu tem mais bolas que crianças Atendidas”…”Críticos da usina binacional apontam problemas em gastos com projetos, financiados pela conta de luz dos brasileiros; empresa afirma que zela pelo bom uso do dinheiro”. Será que os mencionados “críticos”, por um acaso, iriam elogiar? Barbaridade!
Oras, as bolas
Trata-se do convênio “Bio Favela”, firmado com o Instituto Athus, parceiro da Central Única das Favelas CUFA, uma entidade muito séria nos compromissos sociais e também quando o assunto é prestação de contas, sobretudo quando o montante previsto é R$ 24,5 milhões, para ser utilizado entre 2024 a 2027 no atendimento de cem favelas. O Instituto projetou um leque de “atividades educacionais, culturais e esportivas para crianças e jovens, além de apoiar o empreendedorismo e a geração de empregos”, mas no meio disso tudo, a discussão é se as crianças das favelas, merecem treinar com bolas de qualidade, ou se deveriam usar materiais mais baratos, ou doados. Isso é o que chama a atenção dos “críticos da Binacional”, o fato dos jovens esportistas usarem bolas de basquete que custam entre R$ 500 e R$ 300 no mercado, e que por algum motivo, foram compradas por apenas R$ 200. Quem fez a negociação deveria receber um elogio, não um baita puxão de orelha. Por favor?
As bolas no basquete
Alunos das escolas, principalmente os que praticam basquete, precisam uma quantidade maior de bolas nos treinos. “Se há uma bola por aluno fazemos o trabalho, mas o ideal é contar com bem mais, porque isso melhora o desempenho do jovem atleta, o trabalho em grupo, a coordenação motora, os reflexos das crianças e adolescentes; sem suma, a psicomotricidade”, disse Ronaldo Cleber Cáceres, bacharel em Educação Física e que preside a entidade “Um Chute Para o Futuro”. Ao saber da matéria ele completou, toda criança merece o melhor, materiais esportivos de qualidade e Itaipu Binacional, tem criado essas pontes de dignidade”.
As bolas no Futsal
“Quanto maior o número de bolas melhor, porque as aulas fluem e isso melhora a participação das crianças e ajuda a desenvolver a qualidade no esporte e usar bolas de qualidade é fundamental”, acentuou o professor de Educação Física e treinador especializado em futebol de salão Wilson Veiga Júnior, conhecido em todo o meio e em Foz do Iguaçu, como Rita Lee.
Bola nas costas
Outro dado que certamente precisa de uma revisão, em acordo com a reportagem, é a quantidade de alunos, em torno de “600 por modalidade”, segundo o Instituto Athus, que já antecipou a ampliação das atividades. Considerando um programa que abraça 100 favelas, convenhamos, 3.150 bolas é pouco. Ao que parece, o alarde é bem maior que o necessário e distorce a realidade de um programa social avantajado e que presta um excelente serviço aos conveniados, ou seja, milhares de contemplados com ações de qualidade e inclusão. A reportagem jogou foi uma bola nas costas da credibilidade do veículo.
Mudando de assunto
Aos poucos a vida vai voltando ao normal no campo da política. Enquanto uns e outros ainda curtem a ressaca eleitoral, há quem tenha “levantado, sacudido a poeira e dado a volta por cima”. O refrão vai bem em tempos de Carnaval. Pois bem, além dos vendedores, leia-se o General Silva e Luna e Ricardinho, outra dupla saiu-se muito bem, no caso Aírton José e Deoclécio Duarte, ambos sondados para voos maiores no futuro, como já escrevemos em várias oportunidades. Um fato que roubou o cenário nos últimos dias foi o encontro de Deoclécio com o deputado federal Fernando Giacobo e, decorrente da longa conversa, eis que surgiu o convite para ingressar no PL e encarar a disputa eleitora de 2026 como candidato a deputado estadual.
Olha o Dilto aí gente…
Depois das eleições, a candidatura a vereador e o resultado de 729 votos, o ex vice-prefeito, ex deputado federal e líder sindical Dilto Vitorassi continua no meio da encrenca. Ele articula entre os motoristas uma redução da carga horária, abaixo das 44 horas semanais. Há motoristas que não gostam e não querem encaixar na fantasia da “massa de manobra”. Ele está pensando em 2026, em ser candidato à deputado? Coisa nenhuma, quer dar um jeito de se manter agarrado do Sindicato e superar a marca da Rainha Elisabeth II, no trono da Inglaterra. Aqui entre nós, essas diatribes vitorassianas só mexem com o ânimo dos usuários do transporte, ainda quando tudo sempre termina em ameaças de greve. Que situação hein Dilto?