Candidtados sofrem com a espiral do “túnel do tempo” se defendendo de fake news e do passado

Entre mentiras e verdade algo é inevitável: concluir se as amizades antigas condenam ou absolvem. Leia na coluna de Rogério Bonato.

A super frentona
Os últimos dias foram um pouco agitados por conta de uma informação no setor político: a suposta união entre PSDB, PSB, PT, PCdoB, PV, PDT e afins. Ao que parece há duas hipóteses: ou a informação não confere em absolutamente nada, ou é verdadeira. Quando muita gente reclama usando o mesmo argumento fica parecendo coisa combinada.

 

Difícil
Mas no meio dos comentários surgiram hipóteses de fato remotas, como é o caso de se juntarem Dilto Vitorassi e Nilton Bobato, por enquanto tão heterogêneos como água benta e óleo de unção. No mais, o comando o PDT nativo está bem centrado na observação e com critérios um tanto ortodoxos.

 

O que ninguém quer
Como o ambiente em Foz do Iguaçu se mantém mais para bolsonarista que outra coisa, os partidos evitam colar no PT e em gente que transfere a imagem de Chico Brasileiro. Esses seriam os pecados mortais da vez. Mais comentários correlatos adiante, nesta coluna.

 

Bobato segue o rumo
Ao que se sabe, o PV está solidificando um projeto de manter candidatura própria até as eleições. Pelo menos há fontes muito seguras de que isso está criando uma grande discussão na Federação Brasil Esperança.

 

Cenários
Segundo se sabe, o PT não pede que os partidos sigam os acordos já sacramentados, como é o caso de Curitiba, de apoiar o PSB, mas isso facilitaria muito a discussão, encurtaria o caminho. O problema é que em cada cidade a terra treme de um jeito.

 

Vamos pensar
Se um pré-candidato possui viabilidade, desempenha bem nas pesquisas e possui chances de eleição, vai abrir mão disso facilmente e aceitar um acordo de cima para baixo? Uma imposição? Difícil.

 

A luta em Foz é simples
Paulo Mac Donald luta para manter as intenções de voto e para isso precisa monitorar os oponentes. O General Silva e Luna quer crescer e a saída é convencer indecisos e gente da direita que apoia outros candidatos; Sâmis da Silva tenta a todo o custo furar o telhado da estagnação, o além daquilo que já deu; Aírton José sabe que há uma avenida pela frente, só não pode entrar em alguma via errada ou na contramão; José Elias faz o grão em grão e crê que vai encher o papo; Kalito não quer se agarrar no cipó alheio; Vitorassi aparentemente cansou de se pendurar em galho fino e cada um dos demais coadjuvantes tem a sua história para contar. Se alguém duvida que o panorama seja este, que prove o contrário.

 

Lá fora
Segundo dizem, o governador Ratinho não tira os olhos dos apontamentos em cinco cidades e uma delas é Foz do Iguaçu. Conforme um informante, realizam um apanhado semanal de medição de dados e os números não sofreriam lá muitas variações. Mas como ele possui boa relação com vários pré-candidatos, pode não esboçar preocupações, independentemente o resultado. Ratinho não solta um pum sem pesquisa. Não existe “achômetro” na cabeça dele.

 

Medição do terreno
Isso só se faz com seriedade e profissionalismo. Mas de todas as formas, ninguém quer forçar a barra por meio de pesquisas tendenciosas, porque elas serão desmascaradas pelas urnas e quem acreditou e investiu em algo assim queimará o filme por um bom tempo. Há dois ambientes sendo trabalhados e um, podemos garantir, é o da apuração para o consumo interno. Em cada levantamento são entrevistados cerca de 500 a 600 pessoas, em todos os bairros, faixas de idade, escolaridade e renda. Caixa de sapato no terminal não produz um resultado consistente.

 

Associações  

O povo ligado ao General Silva e Luna anda em pé de guerra. Segundo mensagens, ele tem sido vítima do uso de imagens quando Diretor Geral de Itaipu. Até aí não seria um problema, mas o caso é que a maldade advém das postagens de fotos ao lado do prefeito Chico Brasileiro. “Se o General aparecesse vestido de mulher no bloco carnavalesco Meninas Veneno não pegaria tão mal”, escreveu um correligionário, indignado.

 

Mas será o benedito?

Chico está tão feio assim na foto? O que o General poderia fazer, se ele era o prefeito durante sua gestão em Itaipu? Estava prestigiando a cidade afinal? Mas em política isso pode não funcionar bem. Segundo outro leitor, “ele certamente, terá o apoio do governador e do partido PSD, partido que abriga o prefeito, mas que infelizmente aparenta elevada rejeição. Os potenciais grupos adversários, óbvio, já tentam colar isso com a imagem do General, desde o emprego de montagens até o uso de imagens verdadeiras, mas que “estão fora de contexto”.

 

Desceu no play

Montagens, uso de inteligência artificial, isso pode até ser contestado judicialmente, mas a história não. O fato é que Chico Brasileiro pertence ao PSD, partido aliado de Silva e Luna e por esse aspecto, os outros candidatos também não escaparão da maledicência pois há alguém indesejável em todas as siglas. Em campanha os candidatos terão que aprender a lidar com isso, afinal os eleitores não são assim tão ignorantes.

 

Os temores

“Os boatos podem causar danos consideráveis, disseminando informações falsas, prejudicando reputações, promovendo desconfiança e alimentando conflitos. Em larga escala, boatos podem influenciar o clima social e político, gerando tensões e polarização. Em crises, podem agravar situações e causar desinformação o que é muito prejudicial. Para combater os boatos, é essencial promover a educação digital, a mídia responsável e a verificação de fatos, além de incentivar a transparência, a comunicação clara e a construção de confiança. Temos observado uma crescente utilização deste artifício em período eleitoral o que indica a baixa credibilidade daqueles que proliferam este tipo de desinformação, e o pior, não tem sequer a coragem de mostrar o próprio rosto. Se fazem isso para chegar ao poder, imagina depois…”, escreveu Raniere Marchioro.

 

Divisão da opinião

As armas de campanha são as mais variadas, algumas muito nocivas e outras nem tanto. Acontece que no histórico da “descolagem” os cabeças do PSD no Paraná destituíram todo o diretório onde havia nomes ligados ao prefeito. Diante disso, certamente o governador deve possuir informações que justifiquem uma medida assim. Vivenciamos uma situação adversa quando o assunto é eleições, com a máquina pública apartada. Se souberem usar isso, farão uma boa limonada. Taí um desafio para o pessoal do marketing.

 

Todos preocupados

Os aliados do General Silva e Luna estão preocupados com a associação da imagem do prefeito; Sâmis e Paulo sofrem com as notícias sobre as ações na Justiça e a possibilidade de apoio explícito dos partidos de esquerda; Aírton, Zé Elias e Kalito são emparedados por serem novos na política, o que deveria ser uma virtude, mas nem todo mundo pensa assim; outros nomes que surgirem serão chamados de “laranjas”, enfim, ninguém escapa de uma situação que precise ser desanuviada na cabeça do eleitor.

 

Paulo e as aliança

Por meio de um release, o ex-prefeito e pré-candidato pelo PP, diz que continua firme na ciranda eleitoral e que ela se baseia em ideias em prol do desenvolvimento do município. Até o momento, a aliança é certa os partidos Progressistas, Podemos, Agir, Avanti e Mobiliza. Segundo as sondagens deste colunista outros três partidos devem compor até o final do prazo regulamentar.

 

Paulo e as maldades

Dentre outras, Paulo organiza equipes em diversas áreas bem como visita até outras cidades, em busca de ideias e soluções para os problemas de Foz. “Em Curitiba, conheceu um moderno dispositivo israelense de telemedicina, aplicado no Hospital Pequeno Príncipe”, explica a informação. Segundo o informativo, as convenções do grupo devem ocorrer nos primeiros dias de agosto, mas, ao lado da agenda, o ex-prefeito dá sempre um pitaco sobre “fake news”. Paulo tem publicado vídeos nas redes sociais esclarecendo as tentativas de “determinados grupos a serviço de concorrentes, em “espalhar inverdades sobre a sua situação jurídica”. “Querem assustar os iguaçuenses com mentiras. Conquistem o eleitor de outro jeito ao invés de espalharem fake news!”, disse.

Campanhas sujas

A política precisa um banho de água benta para espantar a arte da destruição da imagem. O coletivo não se dá conta que isso cansa as pessoas e derruba mais ainda a credibilidade no meio. Se todos forem tão ruins como são pintados, a população escolherá, de novo, o menos pior. É péssimo para o ambiente de uma cidade que possui tantos atributos. Alguém (pediu para não mencionar o nome) enviou cartinha assim: “Como pode, Foz ser uma cidade tão bela, cheia de maravilhas e ao mesmo tempo tão feia quando discute a política?”. Bom, isso não é uma exclusividade de nossa cidade.

 

Rogério Bonato escreve regularmente no Almanaque Futuro

*Essa coluna é de total responsabilidade do autor.