Palestra apresentada pelo diretor técnico do PTI-BR abordou a importância desta temática dentro do Agronegócio
“Não são apenas três letrinhas, há um modelo de negócio por trás que faz sentido ser ESG”, pontuou o diretor técnico do PTI-BR, Rafael Deitos, em apresentação no Espaço Impulso, durante o Show Rural 2023, evento em que a instituição posicionou suas soluções tecnológicas dento do contexto da implementação de boas práticas ambientais (E), sociais (S) e de governança (G), com foco no Agronegócio.
Com um olhar global para as demandas e oportunidades do mercado, o diretor resgatou o histórico do cenário ESG no mundo e como o poder da escolha dos consumidores, cada vez mais atuantes na cobrança por negócios mais responsáveis e comprometidos com os desafios comuns urgentes, tem influenciado fortemente na tomada de decisão por parte das empresas.
Ainda neste contexto, foi apresentado o conceito de capitalismo de stakeholders, ou seja, um capitalismo que atende não apenas aos lucros da empresa, mas também às demandas de todas as partes envolvidas na cadeia de valor da empresa.
“Um negócio, dentro das boas práticas ESG, precisa atender as necessidades e exigências dos seus clientes, além de ter o olhar voltado para os investidores e patrocinadores”, explicou Rafael.
Com projeção de crescimento estimada em mais de 20% até 2030, o Agro possui um cenário favorável para, a partir das boas práticas ESG, atender essas oportunidades, diminuir os riscos identificados e, ainda, alcançar boas referências para o setor. Podendo, também, ajudar na retenção e satisfação dos colaboradores, atuar na inserção social no campo e no aumento de receita com redução de custos. Além das possibilidades de acesso à linhas de investimentos exclusivas para o tema e com taxas de juros bastante atrativas.
Falando diretamente aos players do Agro, interessados em implementar essas práticas, o diretor trouxe os primeiros passos a serem adotados, incluindo ter uma visão sistêmica, identificação de oportunidades, fomento à maturidade do negócio e ações de comunicação estratégica.
Neste contexto, o amplo portfólio de soluções do Parque Tecnológico Itaipu em temas como neutralização de carbono, educação socioambiental e sustentabilidade corporativa, edificações inteligentes e sustentáveis, tecnologias habilitadoras 4.0, gestão de resíduos sólidos, gestão ambiental e energias renováveis pode gerar oportunidades para cooperativas, agroindústrias, produtores e outros empreendimentos, posicionando seus negócios frente à agenda atual de mercado.
Parcerias de peso
Como um ecossistema diverso e atuando em conjunto com diferentes parceiros, o PTI-BR trouxe para a programação do Espaço Impulso convidados renomados que atuam em setores relacionados à implementação de iniciativas ESG sob a ótica da gestão de resíduos e logística reversa, representado pelo Instituto Paranaense de Reciclagem – InPar (Curitiba) e, no ambiente das certificações, apresentaram suas propostas o Instituto LIFE (Curitiba) e a startup Ecogest (Rio de Janeiro).
Já a palestra “Oportunidades de capitalização a partir da aplicação de boas práticas ESG no Agro”, sob responsabilidade do gerente do Centro de Competência de Inteligência e Gestão Territorial do PTI-BR, Rolf Massao e o gerente especialista ESG da empresa Alvarez & Marsal, André Robic, abordou o cenário de desafios e oportunidades para os players do Agro, especialmente para as novas linhas de negócios.
Entre os pontos apresentados estiveram temas como os pontos materiais que impactam os negócios do Agro, oportunidades e alavanca de valor, novas linhas de negócio – abrangendo as novas demandas, modelos de precificação com foco nos novos perfis de consumidores – mais exigentes e dispostos a pagar mais por produtos com valor agregado em suas cadeias produtivas e gestão eficiente de recursos.
Assessoria
Fotos de Kiko Sierich/PTI