Quando a imprensa é livre e presta serviço à sociedade
- Editorial –
Não é proibido e tampouco ilegal um veículo de comunicação declarar apoio a candidatos ou se posicionar ideologicamente, quando, de alguma maneira, a sociedade é afetada. O que conceituam como “alinhamento” pode ser uma bandeira, ou posição de defesa social, protesto, manifestação e livre expressão da opinião. Pode ser também o discurso de contrários, ao se sentirem ameaçados. São amplas as razões que levam jornais, emissoras de rádio e televisão tomarem frente de situações polêmicas ou de relevância. Muito discutível é o “unilateralismo”, sobretudo em tempos de avanço democrático. A sociedade, no entanto, faz o julgamento.
Leitores, telespectadores, ouvintes e internautas avaliarão se a posição do veículo é ética e, em algum momento, certificarão as razões do posicionamento.
Lutar contra regimes autocráticos, que privam a liberdade e ameaçam a humanidade; ou contra quem causa a opressão, é um dever dos comunicadores. Mesmo assim, necessitarão provas e documentos que atestem a veracidade dos atos.
Há, no entanto, órgãos que se limitam aos fatos, relatando-os friamente, com todas as prerrogativas do jornalismo. A notícia, quanto mais isenta e bem apurada, será credível, revelará e ajudará a guarnecer a história, pela inestimável contribuição da imprensa ao armazenar os fatos.
Um acontecimento dependendo à intensidade, pode aos poucos desaparecer da memória, mas continuará vivo quando em algum momento necessitar conferência, para dar força à veracidade.
O Brasil vive um momento histórico; a população conseguiu tamanha participação e espaço para se manifestar e assim irá às urnas, para decidir. O Almanaque Futuro tem essa isenção de posicionamento, ao contribuir com o espaço para a livre manifestação do pensamento, independentemente de posições ideológicas. Acreditamos que assim ajudamos na construção do diálogo e qualidade democrática. Não há pessoas certas ou erradas em suas manifestações, existem brasileiros construindo a democracia, por meio de suas convicções e o mais sagrado de todos os instrumentos para mudar, melhorar, prover o bem, o progresso, e, corrigir deformações: o voto.
Pensando assim, permitimos a liberdade de pensamento de todos e para todos, no plano de justificativa do ideal, mostrando o que se pode fazer para ajudar a nação a superar as adversidades. É possível sim criar um palco para o debate, com cordialidade, honestidade de propósitos e ideias, sem que vencedores e vencidos se tornem inimigos ou se prevaleçam uns sobre os outros; não se precisa violência ao vislumbrar o futuro; tudo se transformará pela vontade da maioria. Assim, precisamos aceitar o destino, porque lá viveremos, independentemente quem seja eleito. Seremos brasileiros do bem, olharemos os nossos com justiça e paz.