Moradores e comerciantes querem entender os acessos no projeto da Perimetral Leste
Como na entrada da cidade, onde as pessoas precisam dar voltas para chegar ao destino em razão de bloqueios na BR 277, o desenho da Perimetral expõe dúvidas.
As obras na área Sul de Foz chamam muito a atenção pelos viadutos, trevos e a preparação do traçado, com movimentação intensa de máquinas.
Se há desenvolvimento e sonhos antigos realizados, há também dúvidas, com os comerciantes e moradores questionando um ponto crucial: o trevo com a BR 469, estrada federal que vai até o Parque Nacional do Iguaçu, atendendo vários atrativos e o aeroporto, fonte de muitas reclamações em razão da pista estreita, falta de acostamentos, animais soltos e o mato que cresce rapidamente dificultando a sinalização. A duplicação da estrada ainda está envolta em questões orçamentárias, processos licitatórios e questões ambientais.
Com a expansão urbana e habitacional no setor Sul da cidade, por meio de condomínios e loteamentos, a dúvida é como será possível transpor a Perimetral para se chegar ao Porto Meira, onde o comércio é forte e receptivo. Segundo fontes no DER, a solução será utilizar o trevo.
Para entender como será o percurso, os mais interessados acessam os projetos disponíveis na internet e eles mostram que no traçado, não haverá mais a rotatória que dá acesso à Avenida Morenitas, sendo necessário acessar a Perimetral e usar o viaduto duas vezes. Confira na ilustração (abaixo).
Isolamento
O Bairro Carimã, em franco crescimento, recebe melhorias. Em breve a prefeitura entregará a creche do Jardim Buenos Aires, separado do Residencial e Comercial Cataratas por um arroio. Os moradores são forçados a enfrentar o desconforto da BR 469 para passar de um bairro ao outro, se expondo ao perigo em caso de caminhar ao lado da pista. Não existe uma ponte ou outro acesso ligando os dois redutos. Essas pessoas é que precisarão também utilizar o trevo em construção, para alcançar a Avenida Morenitas ou a Avenida Cataratas em caso de bloqueio da rotatória, uma situação muito semelhante ao que aconteceu com a rotatória do Praquer Charrua, na BR 277. Os argentinos são uma das fontes de sustento no comércio do Porto Meira e não mais acessarão a localidade com as mesmas facilidades. Isso põe os comerciantes em pânico, sobretudo depois dos rigores da pandemia, com a fronteira fechada.
Olhando os projetos da Perimetral, a conclusão é que o Residencial Cataratas entrará para a lista de locais isolados em Foz, prejudicado pelas novas demandas que deveriam melhorar a situação.
Está nos planos da prefeitura construir uma ponte ligando os dois bairros. Ela uniria a Rua Tigre, no Jardim Buenos Aires à Rua Salto de Los Amores, no Residencial Cataratas. Mas com a Perimetral, e mesmo com a ponte, o acesso ao centro comercial do Porto Meira poderá ser prejudicado. Os moradores e comerciantes se antecipam na discussão do tema, visando sensibilizar as autoridades antes que a vida seja concluída.
Da redação
Fotos Eliane Schaefer
Ilustrações disponíveis nos sites das obras