Deoclecio Duarte e o despertar eleitoral de 2026
Um nome que não surge do acaso, mas da construção — silenciosa, firme e coerente.
Por Rogério Romano Bonato
Em época de eleição, é comum ouvir o comentário assim: “Quem é esse sujeito que apareceu pedindo voto?” É quase um reflexo coletivo. Mas curiosamente, esse questionamento não ocorre quando o nome de Deoclecio Duarte entra na conversa. Por quê?
Que fenômeno é esse em que um pré-candidato não precisa se apresentar? O que revela esse reconhecimento espontâneo dentro de uma sociedade tão exigente e polarizada?
A resposta é simples: Deoclecio está presente — e muito — no cotidiano da região.
Recorro ao tempo para ilustrar esse ponto. Deoclecio milita desde os tempos de mocidade. Cresceu politicamente, acumulou experiência legislativa e administrativa, e desenvolveu, paralelamente, uma trajetória empresarial robusta. Não é pouca coisa. Ele expandiu negócios em áreas complexas — construção civil, manutenção, sinalização — setores que exigem atenção permanente. E isso levanta outra pergunta essencial: quem se dedica a esse nível de responsabilidade encara a política como brincadeira?
Certamente não. Para Deoclecio, política é ferramenta séria, lugar das transformações que moldam uma sociedade em permanente mutação. E políticos competentes fazem a diferença justamente porque enxergam além da superfície.
Em Foz, ele provou o caldo quente pelas beiradas e talvez por isso não tenha queimado o beiço. Testou a temperatura em 2024, arriscou a vice, e saiu das urnas com mais de 16 mil votos — um recado claro de que tem densidade. Agora mira a Assembleia Legislativa com serenidade e convicção. E aqui vale outra provocação: em um jogo tão competitivo, quantos conseguem transformar uma derrota eleitoral em plataforma para um projeto maior?
Outro ponto que merece reflexão é sua proposta de unir candidaturas locais para fortalecer a representatividade da região. Não é Lero-lero; é matemática simples. Por que Foz nunca conseguiu formar uma bancada expressiva? Quantas vezes assistimos candidatos se digladiando, dividindo votos e fragilizando a força política que tanto reivindicamos?
Deoclecio repete uma frase que merece atenção: “Quero somar, não dividir.” Pode parecer óbvio, mas quando não há entendimento, a política desanda — e já sabemos aonde isso leva.
A sociedade, gostemos ou não, “pari” seus representantes. Esse parto é natural quando o nome surge da convivência, não da imposição. É exatamente o caso de Deoclecio Duarte: alguém que se projetou sem arestas, sem enroscos, com um perfil mais forte que a própria legenda. E, sim, escolheu bem a legenda. O PL constitui hoje uma massa eleitoral consistente, estável e com histórico de manter seus representantes — um terreno fértil para projetos sérios.
À medida que 2026 se aproxima, outros nomes tentarão a mesma vaga. Talvez uma dezena deles. A necessidade de trabalhar bem o domicílio eleitoral é óbvia; a de buscar votos fora, indispensável. E aqui surge outro dado relevante: quantos desses pré-candidatos possuem base sólida em cidades do Oeste, Sudoeste e até no litoral, como Deoclecio?
Ser competitivo em múltiplas regiões não é uma vantagem trivial — é uma raridade.
O jogo começou, as cartas estão na mesa e o tempo voa. Em um piscar de olhos estaremos diante das urnas. Foz tem plena condição de eleger três deputados estaduais e federais — mas isso exige consciência eleitoral e união de propósitos. Não é impossível.
A pergunta que fica é: estamos prontos para compreender que representatividade é o motor da agilidade administrativa, do desenvolvimento e da justiça territorial?
Se estivermos, 2026 pode marcar não apenas uma eleição — mas o início de um novo tempo.
