Mário Milani apresenta em Foz o livro que resgata a história do gesto “L” de Lula

O gesto em forma de “L”, criado no Paraná pelo jornalista e militante Mário Milani no fim dos anos 1980, atravessou gerações e se consolidou como um dos símbolos mais marcantes da trajetória de Luiz Inácio Lula da Silva. Mais do que uma marca de campanha, o sinal com o polegar e o indicador tornou-se ritual coletivo, uma expressão política que permanece viva até hoje. Essa é a história contada em A Voz do Gesto, publicado em 2023 com prefácio do presidente Lula, que será apresentado nesta quarta-feira (10), às 19h, no Mercado Público Barrageiro, em Foz do Iguaçu.

A obra recupera o momento em que Lula despontava como líder nacional e como um gesto simples se transformou em ferramenta de comunicação popular. “Foi no Paraná que tudo começou. Rever essa história é revisitar o território que inspirou a ideia e marcou minha trajetória pessoal e profissional”, afirma Milani.

Militância criativa em tempos difíceis
Na ausência de internet e redes sociais, a criatividade da militância foi decisiva. O gesto em forma de “L” surgiu como alternativa simples, de custo zero e fácil de reproduzir. Para difundir a ideia, Milani chegou a produzir um manual de pichação distribuído a diretórios do PT em todo o país. “Era militância feita com persistência e paixão. Quando vi milhares repetindo o gesto, percebi que ele havia se tornado um símbolo coletivo de luta”, relembra.

Um símbolo que atravessa gerações
Mais de três décadas depois, o gesto segue atual. Durante a campanha de 2022, voltou a ser amplamente usado nas ruas e redes sociais. Para Milani, isso comprova a força das ideias nascidas do povo: “O ‘L’ não ficou no passado. Ele se reinventou e hoje é linguagem universal, expressão de pertencimento e esperança”.

A simplicidade do gesto, aliado ao carisma de Lula, permitiu que o símbolo atravessasse gerações. “Uma boa ideia sobrevive porque não pertence a uma pessoa só, mas a um coletivo. O ‘L’ se tornou saudação, cumprimento e símbolo de resistência”, afirma.

Foz como espaço de memória
Apresentar o livro em Foz do Iguaçu tem valor simbólico. Cidade de fronteira e diversidade, Foz dialoga com a trajetória do autor. “O gesto nasceu nesta região e acabou ganhando o país. Trazer o livro para cá é reencontrar amigos e militantes, mas também refletir sobre comunicação política e sobre a permanência de símbolos populares”, diz Milani.

O olhar de Lula
O prefácio de Lula reforça a dimensão histórica da obra. No texto, o presidente recupera o contexto de sua criação e reconhece a força simbólica do gesto. Para Milani, a participação de Lula engrandece o livro: “Ter o maior líder político da América Latina escrevendo sobre esse gesto é motivo de orgulho. O ‘Faz o L’ é mais do que uma ideia criativa, é cumplicidade, esperança e compromisso. Quando alguém levanta a mão em forma de ‘L’, está dizendo: ‘eu estou com você, presidente Lula’”.

Resistência e esperança
Mais do que resgatar a criação de um símbolo, A Voz do Gesto é um registro da militância, da persistência e da criatividade política no Brasil. Ao apresentar a obra em Foz, Milani revisita as raízes paranaenses de uma ideia que atravessou décadas e consolidou-se como parte da identidade política do país. O “L” nascido da militância continua a significar resistência, esperança e o elo entre Lula e o povo brasileiro.

Serviço:
Apresentação do livro “A Voz do Gesto”, de Mário Milani
Quarta-feira, 10 de setembro, às 19h
Mercado Público Barrageiro – Foz do Iguaçu

Assessoria de Imprensa