Fórum na Tríplice Fronteira debate políticas públicas para população em situação de rua
O evento, que reuniu representantes do Brasil, Paraguai e Argentina, destacou a criação do CIAMP RUA para a promoção dos direitos e ações mais efetivas.
O primeiro Fórum da População em Situação de Rua da Tríplice Fronteira aconteceu nesta terça-feira (19), no Hotel Foz do Iguaçu, com o tema “Vozes da Rua na Fronteira”. O encontro, que reuniu representantes do Brasil, Paraguai e Argentina, foi uma iniciativa da Prefeitura de Foz do Iguaçu, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade em conjunto com a Assistência Social. Mais de 300 participantes puderam discutir políticas públicas voltadas para a promoção dos direitos, inclusão social e a complexidade regional.
Durante o evento, foi criado o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua (CIAMP RUA), que será responsável pelo monitoramento e avaliação das políticas públicas em execução, permitindo que instituições governamentais e sociedade civil proponham melhorias contínuas de atendimento e reintegração ao convívio social. Outro destaque foi o mapeamento dos serviços para a população de rua na região e a criação de uma abordagem intersetorial e integrada voltada à proteção e reintegração de quem vive em vulnerabilidade.
Os participantes discutiram políticas públicas voltadas para a promoção dos direitos desse público e reafirmaram a criação do CIAMP RUA. O comitê será responsável pelo monitoramento e avaliação daquilo que está em execução, permitindo que instituições governamentais e demais setores envolvidos proponham melhorias contínuas de atendimento.
Entre as atividades e trocas de informações, o evento buscou mapear os serviços na região e a criação de uma abordagem intersetorial e integrada para a construção de novos programas e projetos voltados à proteção e reintegração. É a primeira vez que a Prefeitura realiza o evento no contexto trinacional.
De acordo com a secretária municipal de Direitos Humanos, Rosa Maria Jeronymo, a participação dos países vizinhos trouxe bastante relevância à pauta pela troca de experiência e oportunidade de se aprofundar sobre o que acontece além das fronteiras. “Mais que reforçar o diálogo, estabelecemos possibilidades de parcerias futuras para tratar desse assunto tão sensível e que exige um olhar governamental mais humanizado”, disse, ressaltando ainda o trabalho realizado pelo Município.
A Prefeitura de Foz do Iguaçu possui estruturas permanentes para garantir assistência às pessoas em situação de rua. Triplicou os recursos a partir de 2017 e atua de forma continuada no resgate da dignidade humana e da cidadania, de dar acesso aos serviços disponíveis e na reinserção na vida civil. No total, são três casas de passagem com 140 vagas para acolhimento, um Centro Pop que atende cerca de 80 pessoas por dia com oferta de refeições, higiene pessoal e oficinas para aqueles que frequentam o local e o Consultório na Rua que leva atendimento de saúde.
“Nossas equipes da Abordagem Social estão nas ruas 24 horas por dia ofertando atendimentos a essas pessoas, no entanto, o serviço não é compulsório”, explicou o secretário de Assistência Social André dos Santos.
Evento
O Fórum teve o apoio da UNILA; Uniamérica; Defensores Populares; Fundação de Saúde Itaiguapy; GT Saúde Itaipu; Itaipu Binacional; Movimento Nacional da População de Rua; Defensores Populares e União Mobilizadora do Livre Desenvolvimento de Entidades Socioassistenciais (UMILDES) e outros parceiros, além da Comissão Organizadora do Fórum.
AMN