Eleição de Foz pode se converter em Parque dos Dinossauros

*Por Rogério Romano Bonato_

Meio do ano

Hoje, 2 de julho é o 184.º dia do ano no de 2024, segundo o calendário gregoriano. Vale lembrar que é um ano bissexto. É daqui em diante que o tempo voa, sobretudo considerando que teremos eleições. Para o desespero dos candidatos, tudo parece caminhar mais rápido.

Eleitoralmente falando…

A data possui relativa importância devido aos prazos. O dia 30 de junho é crucial para os comunicadores de TV, presidentes de ONGs que recebem subvenção e afins. Dia 06 de julho é o prazo derradeiro para os funcionários públicos dentre outros. Levando em conta que alguns pré-candidatos em Foz são comunicadores, é possível saber quem enfrentará a selva eleitoral. Ai… ai… ai… os comunicadores!

De olho

Pelo menos três nomes na comunicação iguaçuense estavam sendo muito observados, um o Aírton José, e, o outro, o Ricardinho, ambos da Rede Massa. O terceiro seria o Faca na Bota, mas ele resolveu permanecer no ar, e está mais ligado no pleito de 2026, segundo disseram. Onde será, os desincompatibilizados amarrarão os jegues? Em outra análise a Rede Massa terá um trabalhão para repor as figuras.

Ricardinho

Ao que se sabe, além das obrigações eleitorais, o apresentador precisava uns dias de descanso, apresenta dois programas é uma maratona, logo, uniu as oportunidades, mas é um nome forte no horizonte das composições e está às ordens do processo, com as velas estufadas ao vento. Aonde for, ajudará muito em fazer a diferença, porque é querido em várias camadas da população. É filiado ao PSD e está na mira de uma composição com o PL, onde está o General Silva e Luna, abertamente apoiado pelo governador Ratinho e o ex-presidente Bolsonaro.

O dilema do PSD

Embora não pareça, o diretório do PSD possui algumas complexidades pela frente, e, todas visam a escolha de um nome certo para as composições. Precisa ser um tiro perfeito, sem chances de erro. Já se sabe qual o caminho, em 99,8%, mesmo assim; o processo de avaliação é muito apurado e deve envolver pesquisas de consumo interno. Ratinho é muito detalhista em questões assim.

Aírton

A situação de Aírton José é mais desprendida, ele possui um outro tipo de lastro para as decisões e a esta altura deve ter entabulado tudo com o Luciano Ducci e o PSB. Vale dizer, que para os adversários isso é algo muito tormentoso, seria como entrar na mata sabendo que lá há dois velociraptor’s soltos, com perfeito domínio do terreno e prontos para armar um bote. Que situação hein?

Eleição dos “dinos”

Além dos velociraptor’s, há o Sâmis Baby Sauro da Silva, e o Paulo Mac Brotossauro Ghisi; além de outros jurássicos que não desencarnam da política.

Ponto de fusão

Nem é preciso ser um exímio conhecedor da política local para imaginar que vivenciamos o momento crucial da corrida eleitoral, e, que poderá no mínimo, causar o segundo turno. Mas isso depende bastante das composições. É um jogo muito estreito.

Atos públicos

Para evitar confusão, prefeituras, câmaras e órgão públicos dão um tempo na área da comunicação social e limitam-se aos avisos estritamente necessários. Nem pensar em anunciar demandas no setor de obras, a não ser que ocorra uma catástrofe. Mesmo assim cada caso será julgado se denunciado. Há várias interpretações quanto a isso, ainda pelo fato do atual prefeito não concorrer, mas a máquina pública segue e, em geral, pode ser usada por uns e outros. Mas todo cuidado é pouco, há muita gente de olho, marcando posições.

Os próximos passos

De 20 de Julho a 05 agosto devem acontecer as convenções partidárias e a expedição das listas de candidatos, composições com os outros partidos e, logo, o início da Propaganda Eleitoral. O calendário das Eleições Municipais 2024 é regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio da Resolução nº 23.738/2024. Após a definição das candidaturas, as legendas têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral. O dia 16 de agosto marca o início da propaganda eleitoral geral, após o prazo de registro de candidaturas. Até lá, qualquer publicidade ou manifestação com pedido explícito de voto pode ser considerada irregular e é passível de multa.

O que pode?

É mais fácil escrever o que “não pode”, em verdade um exercício de saia justa para o jornalismo. A partir de 6 de agosto, emissoras de rádio e de televisão não podem, em sua programação normal ou noticiário, “ainda que sob a forma de entrevista jornalística, transmitir imagens de realização de pesquisa ou de qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados; veicular propaganda política; dar tratamento privilegiado a candidata, candidato, partido político, federação ou coligação, inclusive sob a forma de retransmissão de live eleitoral; veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica voltada especificamente a candidata, candidato, partido, federação ou coligação, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos; divulgar nome de programa que se refira a candidata ou candidato escolhido em convenção”. Isso está no site do TSE.

E tem mais…

Vamos explicar melhor: as emissoras de rádio e TV “ficam proibidas de transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidata ou pré-candidato a partir de 30 de junho. A partir de 6 de julho, portanto 3 meses antes do 1º turno, ficam vedadas algumas condutas por parte de agentes públicos, como nomeações, exonerações e contratações, assim como participação em inauguração de obras públicas.

E o horário eleitoral?

A exibição da propaganda no horário eleitoral gratuito em rádio e TV vai de 30 de agosto a 3 de outubro. A contagem é feita considerando-se os 35 dias anteriores à antevéspera do 1º turno. Em municípios onde haverá 2º turno, a propaganda em rádio e TV ocorrerá de 11 a 25 de outubro. Tá explicado? Dependendo a qualidade dos programas, o streaming será mais requisitado e por isso as operadoras estão fazendo descontos nas assinaturas.

Profissionais de marketing

Há um ditado que diz: santo de casa não faz milagre. Em política isso é muito levado a sério, porque em geral, profissionais da área de estratégia se dão com os oponentes dos candidatos para quem trabalharão. Essa amizade, na prática, é um perigo. Enquanto o povo se pega nos horários eleitorais e debates; os assessores vão beber juntos nos botecos. Olhando para essa atividade, vários nomes da propaganda curitibana, maringaense e londrinense estão se mudando temporariamente para Foz. De outra maneira, iguaçuenses andam de malas prontas para irem trabalhar em outras freguesias.

Pesos pesados

Pelo menos dois nomes das estrelas do marketing político estiveram em Foz recentemente. Um deve se colocar à serviço da candidatura do General Silva e Luna, embora ele tenha revelado que ainda é cedo e nem pensado nisso. Ele não pensa, mas os aliados, tipo governo do Estado pensam e muito. Como diminuir a distância com o Paulo Mac Donald tem sido um “x” do problema.

Quem vai com o Paulo?

No marketing? Ah, isso é difícil saber e mais ainda prever. Mac é o terror dos marqueteiros e tanto que eles fogem do candidato como vampiro do alho. Por esses tempos ele deve ter toda a campanha discernida na cabeça, o conteúdo dos programas, o que falará nos debates, bem como o tipo de imagem, e cenário. Paulo não liga para a plástica e odeia maquiagem. Quem se dispor a atuar na campanha dele precisará um estoque de erva cidreira, e outros tipos de calmantes.

Na ativa

O recesso parlamentar parece estar longe da palavra “férias”. Os deputados estão correndo as bases tentando elevar os pré-candidatos e solucionar os enigmas de composição, escolha de vices; listas de vereadores, haja trabalho por esses tempos. Bem-vindos à realidade eleitoral!

Rogério Bonato escreve regularmente para o Almanaque Futuro

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