Presidente da APAE apresentou reivindicações em sessão itinerante da Câmara
Representante abordou diversos temas e a necessidade de ampliar parceria com o Poder Público
Na sessão itinerante realizada na Unioeste no dia 8 de abril, o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, Leonardo Corrêa Lugon, usou a tribuna para apresentar reivindicações da entidade e cobrar a efetiva aplicação de políticas públicas para pessoas com deficiência e TEA (Transtorno do Espectro Autista). O representante pediu apoio para estruturação da Rede Articulada de Educação, Saúde e Assistência Social na Cidade para PCDs e Autistas.
“Avançamos muito nos últimos anos, mas sabemos que precisamos avançar mais. Nós da APAE estamos na cidade há 47 anos e já observamos a algum tempo é urgente a questão da pessoa com TEA. Atualmente é unânime entre os técnicos de que a incidência é uma pessoa a cada 36 indivíduos apresentar TEA”, afirmou.
Leonardo destacou a importância da cooperação de todos os setores da sociedade na busca do pleno desenvolvimento das PCDs. “Nós da APAE Foz temos buscado colaborar ativamente com propostas e soluções para mitigar a difícil situação que se encontram as PCDs e pessoas com TEA e suas famílias que dependem do serviço público”, apontou.
Propostas e reivindicações da APAE
Diante da situação, o presidente da APAE entregou um documento para a Câmara com as propostas da APAE. Uma delas é “a necessidade de diagnóstico, tratamento precoce, aumento de volume e oferta de atendimentos. Temos uma fila grande de espera. Temos tentado contribuir, captar recursos, fontes de nível municipal, estadual e federal. Já atendemos mais de 400 crianças, mas precisamos de apoio e a sensibilização dos mandatários e ocupantes de cargos públicos para conseguir recursos e avançar mais”.
Nos últimos anos, vereadores vem destinando verbas impositivas para ajudar na causa da APAE, o que foi reconhecido e agradecido pelo gestor. Na oportunidade, Leonardo pediu uma interlocução dos vereadores para disponibilização do recurso de R$ 391 mil creditado à APAE no Fundo de Saúde administrado pela prefeitura. Com estas verbas, a entidade pretende reativar o 3º turno.
Também solicitou apoio para habilitação do setor de saúde para CER II (já foi solicitado). “Isso ajudaria a aumentar o volume e oferta de atendimentos a PCD e para isso precisamos contar com o apoio de todos os vereadores bem como do prefeito para que essa proposta ganhe velocidade nos trâmites da administração pública municipal, estadual e federal.
Outro pedido ao Poder Público é auxílio para aprovar o Fundeb das entidades, em especial da APAE Foz que já foi solicitado formalmente em novembro de 2023 para que seja possível melhorar e qualificar a oferta dos serviços públicos na educação para PCD/Autistas.
TEA/Adulto e políticas públicas para as famílias
O documento também reivindica a execução de políticas públicas voltadas para a pessoa TEA adulto. “Muitos casos de pessoas TEA adultos, em que pese o ensino regular finalizado não possuem alfabetização ou qualquer escolarização, mas que formalmente finalizaram o ensino médio e que hoje carecem de acolhimento ou de política pública específica”, afirmou Leonardo. O presidente da APAE acrescentou: “Precisamos de políticas públicas para adultos com TEA, pessoas que viveram com inclusão radical, não foram alfabetizadas e não têm inclusão. Essa realidade encontra vácuo social e educacional.
Da mesma forma, reivindica políticas públicas para as famílias principalmente para mães de PCDs ou pessoas com TEA. “Muitos estudos apontam que as mães de PCD/TEA tem remuneração inferior. Precisamos cuidar dessas famílias e dessas mulheres, que sofrem um forte trauma e lutam muitas vezes com a indiferença da sociedade e a insensibilidade do Poder Público no atendimento das demandas de seus filhos. Não é raro a presença da Mães e familiares na APAE Foz na busca de acolhimento humanizado e orientação básica”.
Por fim, Leonardo propôs debate continuado sobre o assunto. “A proposta é que seja fixado no calendário o dia 02/04 para que realização de audiência pública para convocar a sociedade a debater esse tema TEA tão importante”, completou. As reivindicações apresentadas estão sendo transformadas em proposições na Câmara como indicações e requerimentos assinados conjuntamente por todos os vereadores.
DC CMFI