Bairros do setor sul de Foz ficaram mais de nove horas sem luz

Tormenta causou o “apagão” e houve demora no restabelecimento do serviço. Além do desconforto, moradores e comerciantes relataram outros seguidos desligamentos, com queixas de aparelhos danificados.

  • Redação Almanaque Futuro – 

Em período onde as temperaturas beiram a sensação térmica de 50 graus, os moradores da área Sul de Foz sofreram quase o dia todo com a falta de energia elétrica. Além das residências muitas empresas, em diversos segmentos, amargaram prejuízos, a começar pelos mercados. Apos o retorno da energia, resgistrou-se várias outras instabilidades no sistema o que gerou um volume muito grande reclamações. Muitos moradores queixavam-se de aparelhos elétricos e eletrônicos danificados.

Com a proximidade da Páscoa, muitos estabelecimentos precisaram remover os ovos de chocolate das gôndolas par evitar o derretimento. O forte calor também prejudicou os setores de carnes e congelados.

O serviço foi suspenso por volta das 09:30 em decorrência de uma tormenta que durou cerca de meia hora. Os ventos fortes derrubaram placas de publicidade, danificaram telhados e árvores tombaram, o que teria ocasionado o apagão nas proximidades do Porto Meira. Segundo informações, o tempo médio de reparos em redes elétricas pelas equipes da Copel oscila no máximo em duas horas, mas nesta quinta-feira, 22, a energia foi restabelecida por volta das 18 horas, um período considerado muito longo para os moradores e comerciantes.

Os desligamentos de energia têm se tornado frequentes em Foz do Iguaçu e isso causa também muitos aborrecimentos aos servidores da Copel, pois são insultados pelos moradores, a exemplo das ofensas expostas nas redes sociais. “Eu estava em cima do poste trabalhando e os veículos passam buzinando e algumas pessoas gritam palavras ofensivas”, queixou-se um operário que pediu para não ter o nome divulgado. Atitudes assim contra os servidores não legitimam o inconformismo e é muito mais eficiente recorrer à Jusrtiça, ou começar enviando cartas à concessionária, pedindo formalmente o ressarcimento. A Copel possui um canal dedicado a isso.

As mudanças climáticas ocasionam muitos sinistros, uma vez que a região tem se convertido em zona de convergência, com o aumento considerável de temperaturas, decorrentes tempestades com ventos acima dos 80. Km//h. Condições assim, típicas no início de setembro, passaram a ocorrer o ano todo.

O fato é que a Natureza não tem favorecido em nada os serviços das companhias de energia. Em Foz, quando as ocorrências não são motivas pelas tempestades, animais entram nas subestações e causam curto-circuito, deixando bairros inteiros no escuro. Os acidentes de trânsito também estão na lista de ocorrências, bem como o vandalismo e o furto der materiais elétricos.

Investimentos na substituição das “vias aéreas”, como chamam os cabos elétricos sustentados pelos postes, pode ser uma saída para ajudar a evitar os apagões, mas demandam muito dinheiro na construção de galerias em toda cidade, ou nas regiões mais afetadas. De um modo geral, isso tudo vai desembocar na conta de luz, que não é barata e pesa muito no orçamento dos consumidores. Esta é possivelmente a razão do inconformismo, a energia é cara e ocorrem desligamentos em razão de atrasos nos pagamentos, por outro lado a aparente fragilidade no sistema, frente às condições climáticas, colocam em jogo a credibilidade da empresa responsável.