Eco Park e Onças do Iguaçu lançam livro “Cuidando dos Cães e das Onças”

O projeto Onça do Iguaçu com o apoio do Eco Park e outros parceiros lançou o livro “Cuidando dos Cães e das Onças do Iguaçu”. A obra foi apresentada ao público durante o Festival da Onça e começa a ser distribuída nos municípios lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu (PNI) nas próximas semanas.
O lançamento contou também com a presença da atriz Cristiana Oliveira, que interpretou a personagem Juma na novela Pantanal (1990) e é a embaixadora da espécie no Brasil.
O livro
Com uma linguagem leve e bastante ilustrativa, o livro orienta sobre a posse responsável dos cães, bem como noções de bem-estar animal, vacinação e as doenças mais comuns como raiva, hepatite, cinomose até o manejo adequado com as fêmeas prenhas nas áreas rurais.
O “Cuidando dos Cães e das Onças do Iguaçu” aborda também a relação entre os cachorros e as onças e, como a falta de cuidado com os cães domésticos prejudicam os felinos.
Segundo levantamentos, 40% das onças-pintadas no Mato Grosso do Sul tiveram contato com o vírus da cinomose, transmitido pelo cachorro e que pode levar à morte.
A obra será distribuída para a população dos municípios lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu dentro do programa CÃOSERVAÇÃO, cujo objetivo é entender o atual cenário demográfico e sanitário de cães domésticos nas propriedades no entorno do PNI, identificando a possível transmissão de agentes etiológicos que possam causar impacto em carnívoros selvagens e agir para a prevenção desse impacto.
Segundo Igor Morais, coordenador institucional do Eco Park, a unidade apoiou a impressão do livro por entender ser importante equilibrar de forma sustentável a saúde de pessoas, animais domésticos e espécies silvestres locais. O que vem ao encontro do propósito do Eco Park, contar a história e fortalecer a relação da humanidade com os animais.
Morais destacou que há toda essa preocupação porque a onça-pintada ocupa hoje apenas 2,8% da sua distribuição original na Mata Atlântica. A critério de comparação, 61% da população brasileira, mais de 145 milhões de pessoas, vivem no âmbito desse bioma. Ou seja, a onça-pintada, rainha das florestas na América do Sul, perdeu seu posto para o ser humano.
“Não está no planejamento do Eco Park manejar ou abrigar onças-pintadas. No entanto, a instituição acredita ser impossível construir um mundo melhor sem esses imensos olhos dourados na Mata Atlântica”.
Ciscando o Futuro
O Eco Park é também parceiro do Onças do Iguaçu no projeto Ciscando o Futuro, com a missão de cuidar das 93 onças-pintadas que vivem na fronteira entre o estado do Paraná e a Argentina.
Uma das maiores ameaças a esses felinos é a caça por retaliação de ataques às criações de animais domésticos nas fazendas, sítios ou chácaras.
O “Ciscando o Futuro”, está construindo galinheiros à prova de onças e agregando valor aos produtos feitos nessas propriedades, que podem ser comercializados com o selo de “Amigos da Onça”.
O primeiro galinheiro do programa foi inaugurado em novembro, em Matelândia.
“Mas só isso não basta para garantir o futuro do maior felino das Américas. Sua sobrevivência depende, antes de tudo, que as pessoas se importem. Pelo menos 1,5 mil onças-pintadas são mortas a cada ano na América do Sul. Às vezes, só pelo fato de serem onças, por puro medo. Em comparação, apenas quatro ataques de onças a pessoas foram registrados em toda a América do Sul desde que os europeus chegaram há 500 anos”, completou.
“Queremos muito que as pessoas enxerguem as onças-pintadas através dos nossos olhos, porque eles estão cheios de amor. Esperamos que nossa paixão possa contagiar a todos, e que esse mundo tenha cada vez mais apaixonados por onças”, finalizou Yara Barros, coordenadora do Onças do Iguaçu.
O Eco Park
O passeio no Eco Park inclui uma visita a fazendinha com animais domésticos e um viveiro de imersão que tem sido um novo lar para aves e répteis que sofreram em mãos humanas devido a maus-tratos.
Também pode assistir as demonstrações de exercícios do cavalo crioulo, uma raça típica do Brasil, e o voo das aves de rapina, única do seu tipo, até o momento, na América do Sul. O voo das aves de rapina ocorre todos os dias às 10h30 e 16h.
Moradores de Foz do Iguaçu pagam R$ 15. Para isso é preciso apresentar um documento com foto e um comprovante de residência.
Crianças menores de seis anos entram de graça.

Os ingressos podem ser adquiridos no site: www.dreamsecopark.com.br. O parque funciona das 9h às 17h30.

Assessoria