A cidade possui muitos projetos em fase de implementação e estudos que podem revolucionar o transporte de massa no futuro.
Se comparado com outras cidades, o perímetro urbano de Foz do Iguaçu possui distâncias curtas e em boas condições de fluxo de veículos. Ele compreende 61,200 km². Do Norte ao Sul, há no máximo 25 km e, da margem do Rio Paraná até o povoamento mais ao Leste, Três Lagoas, a distância total não ultrapassa 11 km. O município possui 617,701 km².
Dentre os temas mais polêmicos, o transporte foi um dos que mais ocasionou debates e demandas judiciais. Os urbanistas que refletem sobre o tema, justificam que isso se deu em razão do contínuo processo de crescimento da cidade. O sistema de transporte é concessionado, por meio da formação de um consórcio onde atuam várias empresas. O contrato vence em 2025 e o assunto aflora, sobretudo quando se vislumbra uma reformulação no sistema viário, com a implementação de acessos e revitalização dos principais eixos.
Quando Itaipu ainda estava em conclusão, havia a intenção de criar em sua área, um grande laboratório de conhecimento, e, isso está se consumando. Vários projetos se destacam, entre eles, o desenvolvimento de veículos elétricos, a tecnologia utilizando biogás e, outra série de ações inovadoras lideradas pelo Parque Tecnológico de Itaipu, o PTI. Mais recentemente, um conceito chamado “Vila A Inteligente”, está sendo aplicado em uma das áreas mais movimentadas do setor norte. De lá, saem lições interessantes e que já estão em fase de estudo em outras áreas, entre elas, o controle de trânsito.
Os recursos de Itaipu, aplicados em obras por quase toda a cidade, e, estudos realizados pela prefeitura, causam uma nova tomada de pensamento sobre o setor de mobilidade, e, oportunizam e ampliam a vocação do Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu, o Foztrans. O órgão lidera uma série de projetos, alguns futuristas até, mas com grandes possibilidades de implantação.
Voltando ao perímetro urbano, ele é contornado por grandes avenidas e quase todas possuem um avantajado canteiro central, ou espaços laterais, como é o caso da Avenida Paraná e Juscelino Kubitschek; projetos semelhantes devem atender as avenidas Beira Rio, República Argentina, Felipe Wandscheer, General Meira, com extensões para outras vias, garantindo variações de mobilidade, sem perder de vista o meio-ambiente.
Horário de pico no trânsito de Foz já apresentam congestionamentos – Imagem Envolverde Jor.Áreas assim, que já são os corredores de transporte e as principais vias de escoamento do trânsito, deverão entrar no plano de revitalização e isso vai de medidas simples como a criação de ciclovias e faixas para veículos pequenos, como a implantação de ramais VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
No passado, a ideia chegou até o governo federal, com o anteprojeto de um ramal ligando o Parque Nacional até Itaipu, percorrendo todo o sentido Sul-Norte, atendendo inclusive o setor de Turismo, percorrendo áreas internas do Parque Nacional. Os primeiros estudos apresentaram cálculos em torno de R$ 5 milhões por quilômetro, totalizando um investimento de R$ 200 milhões, em três fases e uma expectativa de seis anos para a implantação. O programa não foi adiante, mas não sai da cabeça de muitas pessoas, a começar pelos que se dedicam em planejar o futuro.
Como em outros países, o VLT pode ser uma solução eficiente para Foz do IguaçuO conceito de mobilidade sofreu grandes transformações nos últimos anos, a começar por adventos como os veículos de aplicativos, mas o transporte continua sendo um dever do Estado e que necessita de muita atenção, e, dedicação. Olhando para isso, o Foztrans terá um importante papel para desempenhar. Do ponto de vista geográfico, Foz recebe cotidianamente, veículos dos mais diversos portes, dirigidos por brasileiros, argentinos, paraguaios e imigrantes de vários países, e todos devem respeitar as Leis de trânsito. Rodam pela cidade, vans e ônibus de Turismo de diferentes países, mais taxis, além de uma frota crescente. Diante de um movimento assim, a cidade começa a aderir aos protocolos mundiais, estudando inclusive os limites de velocidade.
Com a alta nos preços dos combustíveis e apesar das elevações de terreno, as ciclovias assumiram um papel importante na vida do cidadão, o que fez a prefeitura ampliar a malha, e repensar espaços mais seguros para os ciclistas em todos os setores da cidade. A Avenida General Meira, receberá uma ciclovia no canteiro central; a Av. Costa e Silva terá todo o percurso recuperado e haverá a ligação de várias áreas, como a Avenida Sílvio Américo Sasdelli com a Av. Araucária, pela Av. Andradina. Na área Sul, a Avenida das Cataratas contemplará um projeto integrado com a “ciclofaixa” da General Meira, Avenida Jorge Schimmelpfeng, com um eixo estendido até a BR-469, que receberá uma faixa em sua totalidade, no projeto de duplicação.
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Segundo informações do Foztrans, em matéria de transporte público, não há muitas alternativas a se prever, antes do desfecho do atual contrato. Enquanto isso, os engenheiros debruçam na criação de uma proposta ousada, de criar quatro “hubs” nas macrorregiões, conectados ao TTU (Terminal de Transporte Urbano), por meio de linhas expressas. Os chamados “hubs” terão linhas alimentadoras e os “expressos” farão poucas paradas, oferecendo maior agilidade e conforto, diminuindo a sobreposição de ônibus nos eixos viários. Isso, segundo se espera, tornará o sistema eficiente.
Na organização das cidades, algumas medidas sofrem com a opinião pública, como é o caso dos estacionamentos controlados pelas prefeituras. Em Foz, está em vias de licitação o novo sistema do ESTARFI, muito mais moderno, sem os parquímetros, mobiliário que é frequentemente vandalizado. O novo sistema propõe facilidade e agilidade para o usuário, com o que há de mais moderno no País. No campo das infrações, campeãs de rejeição quando o assunto é trânsito, Foz colocou em funcionamento um sistema de talonário eletrônico, onde os motoristas poderão preencher os requerimentos de recursos no sistema, sem precisar se deslocar até o Foztrans.
Também pensando em mobilidade, estamos na fase final da licitação do sistema Sim Foz e Antares, que farão a sincronização do sistema semafórico e também interagirão com o sistema de transporte público.
Da Redação com assessorias