Dia Nacional da Luta Antimanicomial em Foz é marcado pela defesa do fim do preconceito contra pessoas com transtornos mentais

Evento de conscientização em alusão à data, comemorada em 18 de maio, foi realizado na Praça da Paz

Um grande evento na Praça da Paz marcou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, comemorado nesta quarta-feira (18). As ações na cidade reuniram usuários e equipes que atendem nos equipamentos de saúde mental para conscientizar sobre a necessidade de cuidados e atenção para quem tem transtornos mentais ou problemas com o uso de álcool e drogas.

Organizado pela Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu, umas das pautas mais importantes tratadas no evento foi o fim do preconceito contra pessoas em tratamento. Conforme destacou a secretária municipal de Saúde, Jaqueline Tontini, o acolhimento pela comunidade é um importante passo que deve ser dado.

“Precisamos cada vez mais dessa consciência de que todos precisam ser tratados com respeito, independentemente da situação. O movimento que realizamos hoje terá impacto no futuro, com a criação de pensamentos mais acolhedores e com pessoas estendendo a mão, não mais afastando”, frisou.

O poder público cumpre um papel determinante dentro da luta. Em Foz do Iguaçu, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são referências no tratamento dos pacientes. O município possui três instituições, focadas no acompanhamento de crianças e adultos.

Para a diretora de Saúde Mental, Simone Topke, outro importante ponto é a consciência de que a saúde mental deve ser priorizada por todas as pessoas.

“Durante a pandemia esse cenário se agravou, mostrando que todos nós estamos propensos a sofrer com alguma crise relacionada à saúde mental. Falar sobre o assunto não é apenas se dirigir a um pequeno grupo de pessoas, mas trabalhar com o coletivo e ajudar”, explicou.

Ato de celebração

Mais de 100 pessoas acompanharam as falas e apresentações durante a mobilização. A Secretaria de Saúde levou também as equipes do Consultório na Rua para a realização de exames rápidos e conversas com os participantes.

Exposições culturais de pinturas e músicas, feitas e apresentadas por pessoas em tratamento no CAPS e na Comunidade Sagrada Família também marcaram o evento. Um dos artistas que mostrou o talento no palco foi Cristiano Quintanilha, paciente do CAPS AD, que escreve poemas e rimas.

“Não é porque estamos em tratamento que somos inválidos. Continuamos com nossos talentos e habilidades, podemos criar, pintar e cantar, e isso está sendo visto aqui. Vamos continuar com essa luta e com o trabalho pelo bem”, garantiu Quintanilha.

AMN