O projeto pedagógico inclui também atividades de idiomas, educação ambiental e financeira, comunicação, uso de mídias e cultura digital
O conceito de Educação Integral foi amplamente discutido em Foz do Iguaçu, uma vez que a modalidade propõe desenvolver o potencial intelectual, físico, emocional, social e cultural dos alunos, compartilhando um projeto coletivo entre crianças, famílias, educadores, gestores e com influência nas comunidades locais.
É um avanço que requer muitos cuidados e atenção, pois deve garantir as necessidades dos alunos, como espaços diversificados, aprimorados, além de quatro refeições diárias, lanches pela manhã e tarde; almoço e jantar. Isso garante uma melhor condição de aprendizado.
Foz do Iguaçu terá, pela primeira vez, o ensino em período integral nas escolas da rede pública. O projeto-piloto terá início dia 03 de março nas escolas Parigot de Souza, na região Central e, em seguida, na unidade Gabriela Mistral, no Jardim Lancaster, atendendo cerca de 440 alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
Além da grade curricular, os alunos terão aulas de inglês e espanhol, atividades de educação ambiental, desenvolvimento sustentável, economia solidária, educação financeira, comunicação, uso de mídias e cultura digital.
Os pais e alunos estão ansiosos. Há um anseio de toda a comunidade, porque a maioria dos pais trabalha o dia todo, e a escola é o porto seguro e de aprendizagem para os filhos, relatam, em consenso, os diretores das escolas que iniciarão o projeto.
Além das atividades curriculares, parcerias estão sendo firmadas com a Fundação Cultural para a promoção de oficinas de arte, cultura e dança. Paralelamente, há projetos como xadrez, violão, dança e capoeira – atividades que estão sendo encaixadas no contraturno.
O período integral atende a Meta 6 do Plano Nacional e do Plano Municipal de Educação e prevê a implementação de forma gradativa na rede municipal de ensino.
Além das duas escolas, haverá uma ampliação do período integral nos CMEIs, que já atendem crianças de 6 meses a 3 anos. As unidades passarão a atender os pequenos de 4 e 5 anos. A ampliação do período integral começará pelos centros de educação Onira Caprini (São Roque), Vanderli Moreira (Porto Meira) e Ramona Rodrigues Dotto (Jardim América).
O currículo da educação infantil não é dividido por disciplinas e sim por Campos de experiências, como “O Outro, o Eu e o Nós”; “Corpo, gestos e movimentos”; “Traços, sons, cores e formas”; “Escuta, fala, pensamento, imaginação e espaços”; “Tempos, quantidades, relações e transformações”; que serão organizados para contemplar o atendimento integral dessas turmas.
Serão mais 134 crianças atendidas nas turmas Infantil 4 e 5. A escolha pelas unidades de ensino deve-se à estrutura, capaz de comportar o número total de alunos – que hoje estão divididos em dois períodos.
A proposta é que a cada ano duas novas unidades sejam integradas ao modelo pedagógico. Algumas que passam ou passaram por reformas e ampliações, como a Josinete Holler e a Cândido Portinari, podem ser as próximas a adotar o sistema.
A Prefeitura de Foz do Iguaçu implantou o período integral nos CMEIs ainda em 2017. Na época, a gestão inaugurou o CMEI Rubem Alves, no Jardim São Paulo, primeiro polo de atendimento integral do município, passando a atender 200 crianças. Hoje, são 2.141 crianças atendidas em período integral nos 34 dos 41 CMEIs em funcionamento.