São profissionais vindos da Colômbia, Paraguai e Argentina, que compartilham experiências e aprendem com os educandos
O enriquecimento cultural promovido pelo projeto Foz Fazendo Arte vai muito além do conteúdo repassado aos alunos nas oficinas. Por trás das aulas, existem profissionais experientes e que compartilham visões de mundo muito amplas – entre eles, estão arte-educadores estrangeiros, que ampliam a função social da iniciativa.
Andres Amaya, César Orlando Martinez, Jose Castillo, Jordana Mariel e Jorge Miguel Ruibal, respectivamente, colombiano, paraguaio, venezuelano e argentinos, ministram oficinas de música, teatro e circo em diversos polos do projeto pela cidade. Eles atendem a públicos de diversas idades, ampliando o acesso ao conhecimento.
Sobre a participação no programa, Ruibal, arte-educador das oficinas de piano e teclado, destaca a sensação animadora de enfrentar o desafio diário de ensinar e aprender com cada um dos educandos. Mesmo morando no Brasil desde 1985, o argentino comenta que ainda aprende muito com os brasileiros.
“Eu sou arte-educador no Centro de Convivência do Idoso e no Centro da Juventude, ou seja, são públicos completamente distintos. Isso permite o intercâmbio de informações e conhecimento diário sobre a vida de cada um. Sou privilegiado por fazer parte deste projeto”, afirmou Ruibal.
“São dez anos morando na cidade e por meio do Foz Fazendo Arte, atuando no Caps Infantil, me aperfeiçoei muito dentro da pedagogia, entendendo as necessidades e anseios de cada aluno. Está sendo enriquecedor”, contou Jordana Mariel.
Arte para as comunidades
Para o paraguaio Orlando Martinez, que dá aulas de violão, o contato com as comunidades o ajudou a se adaptar melhor na cidade. Em Foz há oito anos, pôde vivenciar novos ambientes por meio de projetos da Fundação Cultural, como o Corredor Cultural e atualmente o Foz Fazendo Arte.
“O meu público é formado por crianças e adolescentes, então é muito bom acompanhar o progresso a cada aula, ver a animação e empolgação pelo dia da apresentação. Evoluo com eles e quero sempre aprender o que eles podem me repassar”, frisou Martinez.
Andres Amaya, professor de violão, explica que a experiência no Foz Fazendo Arte o fez entender melhor a importância de desenvolver a arte em todos os setores da comunidade.
“Por meio da cultura é possível transformar qualquer espaço. Ao promovê-la, conseguimos dar novos rumos às vidas dessas pessoas, principalmente aos jovens. O processo é diário e estamos construindo um caminho enriquecedor”, afirmou o educador colombiano.
“São dez anos morando na cidade e por meio do Foz Fazendo Arte, atuando no Caps Infantil, me aperfeiçoei muito dentro da pedagogia, entendendo as necessidades e anseios de cada aluno. Está sendo enriquecedor”, contou Jordana Mariel.
Contratação diversificada
Os arte-educadores estrangeiros são contratados por meio do mesmo credenciamento utilizado para os professores brasileiros. Entretanto, é preciso que tenham também o Registro Nacional de Estrangeiros (RNE).
Os demais quesitos permanecem iguais, como a obrigatoriedade de registro como Microempreendedor Individual (MEI) e experiência de ao menos dois anos como docente em projetos culturais.
“Um bom projeto passa por uma boa equipe. Podemos contar com grandes profissionais no Foz Fazendo Arte. Todos os nossos arte-educadores possuem ótimas histórias e fazem com que a iniciativa seja tão marcante por onde passa”, destacou a coordenadora do programa, Fabiana Zelinski.
Foz Fazendo Arte
O Foz Fazendo Arte ultrapassou os seis mil atendimentos mensais em mais de 80 polos. As parcerias para a realização foram firmadas com Secretarias Municipais, Clubes de Mães e Organizações da Sociedade Civil.
São mais de 20 modalidades artísticas disponíveis para pessoas de todas as idades e gêneros, ministradas por 74 arte-educadores contratados pela Fundação Cultural de Foz do Iguaçu.
Assessoria